domingo, 13 de dezembro de 2009

Califórnia

Dia 123 Pahrump – Shoshone CA 51Km
Elev. 516m
N35°58.466’
W116°16.185’

Esta manhã à porta do supermercado ouvi um senhor preocupado com o telhado da sua casa porque o boletim metrológico prevê ventos de 90km/h, eu perguntei-lhe logo em que direcção, mas ele não me soube dizer. Então voltei à biblioteca para ver os detalhes.
Às 10:00h já o vento se tinha levantado e soprava um pouco de lado e de trás. Ai como foi bom poder fazer 50km sem esforço quase nenhum em menos de duas horas. Quando cheguei a Shoshone se tivesse continuado a historia já tinha sido outra porque a estrada muda de direcção. Deixei-me então estar parado e ver o que amanhã nos trás.

A ventania


A estrada até Shoshone



Dia 124 Shoshone 0Km
Elev. 516m
N35°58.466’
W116°16.185’

Fiz bem ficar parado porque a ventania contínuo toda a noite e hoje todo o dia, teria sido uma miséria pedalar neste vento e acampar no meio do deserto. Ao menos aqui tive aonde me abrigar e passei o dia a fazer pouco ou nada.

Outro dia de vento forte



Dia 125 Shoshone – Death Valley 113Km
Elev. -7m
N36°20.035’
W116°48.760’

Antes de chegar ao Death Valley é preciso subir as montanhas para entrar no vale a paisagem é espectacular e remota, quase nenhum carro toda a manhã. Depois da subida o resto do dia foi a descer ate -86m abaixo da elevação do mar, o ponto mais baixo de Norte America, curiosamente fica só a 120km do monte mais alto dos EU (monte Whitney elev.4,421m). Death Valley também é o sítio mais seco e mais quente tendo registado a segunda temperatura mais quente no mundo de 56.7°C. Hoje a temperatura esteve a 25°C prefeito para andar de bicicleta.

-------------------

Coyote and...


the Road Runner, beep beep


Literalmente a parte mais baixa de toda a viajem


Dia 126 Death Valley 48Km
Elev. -121m
N36°35.957’
W116°59.099’

Hoje depois de visitar a palete do artista um nome bem apropriado a umas montanhas com segmentos de varias cores vermelhos, amarelos, verdes, roxos etc. parei em Furnace Creek que é um Oasis no meio do vale e passei umas boas horas na piscina.

Paleta do artista


-------------------



Dia 127 Death Valley – Emigrant Pass 64Km
Elev. 1542m
N36°18.506’
W117°08.868’

De manhã encontrei-me com Rich um simpático senhor que conheci ontem e hoje ao saber para onde eu ia insistiu em conduzir até ao cimo do monte por onde eu planeio passar, e deixar garrafas de água ao longo do percurso, na vinda para trás ele deu-me instruções por onde tinha escondido as 3 garrafas. Eu admiro atitudes como as do Rich, preocupado com o perigo da minha aventura não tentou convencer-me a não ir, em vez disso ofereceu uma solução. Se não fosse a sua ajuda tinha de certeza ficado sem água, levei todo o dia a subir num dos climas mais secos de toda a viajem. Foi também um teste á minha memória tentar lembra-me exactamente onde ele tinha dito que as garrafas estavam, mas encontrei-as todas.

Comecei o dia aqui


... e acabei aqui



Dia 128 Emigrant Pass – Trona Pinnacles 96Km
Elev. 492m
N35°37.151’
W117°22.455’

Depois de uma grande subida há sempre uma grande descida, e foi sempre a descer quase toda manhã. Pela tarde cheguei a Trona aonde existe um lago salgado quase seco. O lago Searles está todo vedado porque é um de só dois locais (o outro é em África) aonde se encontra Hanksite um cristal que por ser raro é bem desejado por coleccionadores. Uma vez por ano abrem as portas aos coleccionadores e durante dois dias eles podem juntar aqueles que encontrarem.
À noitinha cheguei aos Pinnacles de Trona, que são umas pequenas montanhas vulcânicas formadas debaixo de água num antigo lago que existia e que foram também cenário de muitos filmes incluindo Star Wars e Planet of the Apes. Quando me aproximei vi uma grande caravana acampada e pensei logo que se tratava de outro filme, fui então ver se tinham um papel de actor para mim.
No acampamento conheci um monte de pessoas simpáticas que pertencem a um grupo que se junta todos os anos para fazerem o percurso que eu fiz nos últimos 2 dois dias de cavalo. Convidaram-me para jantar e acabei por acampar junto a eles.

Hoje encontrei umas 4 tarântulas todas tão grandes como esta.


O lago Searles



Dia 129 Trona Pinnacles - Inyoken 63Km
Elev. 840m
N35°38.497’
W117°52.696’

Esta manhã acordei com o barulho dos cowboys e depois do pequeno almoço fui vê-los a prepararem os cavalos para outro dia de viajem eles só fazem 25km por dia e leva uma semana a chegar ao Death Valley. Depois de os ver a cavalgar, galguei na outra direcção, ou melhor puxei a bicicleta por causa da areia era impossível pedalar e levei a manhã toda ate chegar a uma estrada alcatroada.

Os cavalos a tomarem o pequeno almoço

-------------------


Torna Pinnacles


-------------------


Dia 130 Inyoken – Lake Isabella 89Km
Elev. 740m
N35°34.942’
W118°33.250’

Eu estou a descobrir que nesta área as subidas são modestas, mas persistentes. Acabei ontem o dia a subir e passei esta manhã toda a subir. Já se nota que estou a sair do deserto e começasse a ver umas árvores (Joshua tree) muito fixe, só nascem nesta zona do Norte da América e só a uma certa altitude entre 400-1,800 metros.

Arvore Joshua


-------------------



Dia 131 Lake Isabella –Ford City 117Km
Elev. 86m
N35°13.925’
W119°22.533’

Hoje passei por Bakersfield uma área congestionada por carros, casas e pessoas. Tentei sair de lá o mais depressa possível, mas mesmo assim levou horas e mesmo até acampar fui perseguido por intenso tráfego.

-------------------


Á tarde bati os 10,000 km



Dia 132 Ford City – Los Padres National Forest 99Km
Elev. 1230m
N34°36.384’
W119°21.719’

Ford City e uma zona de óleo e passasse por grandes áreas de bombas a extraírem óleo o que me pareceu um cemitério de máquinas enferrujadas, que passam o dia a repetir o mesmo movimento lento de uma maneira hipnotizadora.
O resto do dia foi calmo em zona agrícola com pessegueiros e laranjeiras. De todos os estados que passei esta zona da Califórnia é a que mais se parece com Portugal existem árvores de fruto, oliveiras, vinhas, eucaliptos e o clima parece verão em Portugal.

Bombas de óleo


-------------------



Dia 133 Los Padres National Forest - Oxnard 106Km
Elev. 23m
N34°13.207’
W119°12.787’

Ai como e bom depois de 4 meses voltar a ver-o-mar. Cheguei à cidade de Ventura despercebido que estava tão perto do mar, foi uma surpresa quando olhei para o fundo de uma das ruas que ia à atravessar e vi o azul do mar.

-------------------


A primeira vista do mar



Dia 134 Oxnard – La Jolla Canyon 60Km
Elev. 15m
N34°05.104’
W119°02.209’

Eu tenho um pressentimento que me vai levar muito tempo a fazer esta última etapa dos EU. As razões para parar são muitas e diversas, um banco à sombra das palmeiras convenientemente virado para o mar, um grupo de golfinhos a nadar perto da praia, surfistas com a habilidade de profissionais, lindíssimas vivendas á beira da praia, simpáticas pessoas a perguntarem de onde venho etc...

-------------------


-------------------



Dia 135 La Jolla Canyon – UCLA 73Km
Elev. 128m
N34°04.442’
W118°27.316’

De manhã passei por Malibu, as praias estão cheias de surfistas, mas não se vê ninguém a mergulhar, por isso aproveitei para dar uns mergulhos.
À tarde apanhei a famosa “Sunset Boulevard” uma rua que eu sabia que passava por Bel air, Beverly Hills e Hollywood, o que eu não sabia e que a Sunset Blvd. é também uma terrível estrada para bicicletas com um tráfego intenso e sem passeios em alguns lugares. Pelas 16:00 já estava farto de andar na confusão, quando passei pela a Universidade UCLA parei para ver a possibilidade de acampar, mas antes disso encontrei a excelente lavandaria dos estudantes a $1 por lavagem aproveitei parra lavar tudo o que tinha incluindo o saco de cama. Agora já posso dizer que frequentei o UCLA e graduei em lavar a roupa.

Surfistas ás dezenas


Mergulhadores só um



Dia 136 UCLA – Santa Monica 62Km
Elev. 5m
N34°01.996’
W118°31.540’

Hoje passei por Hollywood Blvd. que é onde se encontra o Hollywood “Walk of Fame” um passeio com mais de 2000 estrelas com os nomes de famosos actores e cantores americanos. Metade deles eu não reconheço, até o Poupas da rua Sésamo tem uma estrela. Depois de passar pelo famoso sinal de “HOLLYWOOD” passei pelo “Rodeo drive” em Beverly Hills aonde os mais ricos vão às compras e é claro eu era o único de bicicleta entre os Rolls Royce e os Ferrareis

Beverly Hills Hotel


Walk of Fame


Hollywood sign


Dia 137 Santa Monica – Redondo Beach 62Km
Elev. 89m
N33°47.577’
W118°24.266’

Desde Santa Mónica até Venice existe um espectacular passeio que passa por meio da praia. Pelo caminho e principalmente na praia de Venice senti-me parte de um ambiente carnavalesco onde se vêem avozinhas a andarem de skateboard, bodybuilders em apertados calções a alevantar pesos, e pedintes com um bom senso de humor.

Este passeio pela praia estendesse por mais de 30km


O sinal deste pedinte diz: Spare change for penis enlargement



Dias 138-144 Huntington Beach 79km
Elev. 24m
N33°39.118’
W117°59.238’

Agora que estou a dias da fronteira decidi tirar algum tempo para organizar as coisas.
Huntington Beach foi o sítio ideal com uma óptima biblioteca para por o blog em dia, perto da praia e até arranjei um esconderijo para a tenda onde a deixei armada o tempo todo que aqui tive.
Aproveitei para fazer umas compras incluindo uns calções novos, umas calças em segunda mão, um suporte de apoio para a bicicleta, o velho já se partiu, uns chinelos e uns pneus novos da mesma marca (Schwalbe Marathon Plus) que têm de ser os melhores pneus de sempre, 10000 km ainda parecem estar prontos para outros 10 mil e o mais incrível e que ainda não tive furo nenhum. Vou mais carregado, mas são coisas que necessito e depois de sair dos States é capaz de ser impossível encontrá-las.
Tive aqui tanto tempo que ate arranjei uma rotina diária de manhã passo pelo o supermercado que tem os pasteis todos do dia anterior a 1/3 do preço e tomo o pequeno almoço depois passo a manhã toda na biblioteca até à hora do almoço. Vou almoçar, e à tarde às compras ou à praia. Não é uma vida má, mas sinto-me que estou a fugir mais para o papel de vagabundo do que de viajante, por isso estou deserto para me pôr a caminho.

A minha casa durante quase uma semana


-------------------



Dias 145 Huntington Beach – San Onorfe 73km
Elev. 9m
N33°22.579’
W117°34.121’

Pensei que seguir a costa do mar até ao México ia ser mais fácil do que está a ser. O que se passa e que existem muitas penínsulas e eu sem ter um mapa com detalhes acabo por ir ate ao fundo das penínsulas só para descobrir que tenho de voltar a trás porque não há saída, mas ao menos a estrada é plana e a vista é uma beleza por isso não faz mal.

-------------------


-------------------



Dias 146 San Onorfe – San Diego 100km
Elev. -30m
N33°45.569’
W117°13.945’

Esta manhã depois de verificarem os meus documentos deram-me autorização para passar por uma área militar onde se treinam os futuros Marines das forças armadas Americanas. Foi interessante ver passar os tanques de guerra, helicópteros e veículos de todo o terreno, desenhados para intimidar e equipados para sobreviverem os piores ataques. Ver o olhar sério dos jovens em treino que rodeados com tanto equipamento pareciam não ter espaço para moverem nem sequer um dedo. Alguns pareciam assustados como se pela primeira vez viessem a par com as realidades da guerra. Fez-me pensar quantos deles é que voltariam a traz se pudessem.

O trafico desta manha


Leão-maritimo de barriga cheia estendidos ao Sol



Dias 147 San Diego – San Ysidro 74km
Elev. -1m
N32°33.094’
W117°03.330’

Para combater o problema de imigrantes ilegais o governo Americano construiu um muro que cobre quase toda a distância da fronteira com México. Fui esta tarde ver que raio de muro impenetrável é este, e cheguei á conclusão que o Mexicano tem de ser muito esperto para conseguir passar a fronteira. Existem dois muros o primeiro construído com chapas de metal com uns 6 metros de altura mais a trás a uns 15 metros esta o segundo muro com pilares de cimento redondos de 20 em 20 cm como se fosse um gigantesco gradeamento de prisão. Mas o mais difícil é passar despercebido, não sei como me viram, mas passado poucos minutos depois de me aproximar ao muro já estava rodeado de guardas de fronteira em motos de quatro rodas, eles foram simpáticos e deixaram-me continuar, depois de eu lhes explicar que só ali estava para ver o muro.
Amanhã passo para o outro lado de uma maneira mais fácil e legal.

San Diego


O muro

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

30 dias de Estatísticas data de:\ Status for the date of: Setembro 28 – Novembro 28 (Mês 4)

Cidade de começo \ Start City – Moab, UT

Cidade ao fim \ End City – Pahrump, NV

Distancia Total \ Total distance – 1,861 Km

Distancia Total de Viagem\Total Distance Traveled– 9,273 Km

Media de Km por dia \ Average Km per day – 69 Km

Dia mais longo \ Longest day – 118 Km

Dia mais curto \ Shortest day- 10 Km

Total de dinheiro gasto \ Total Money spent – $369

Numero de dias em que não toquei na bicicleta - 3

Parques Nacionais visitados - 7

Filmes que vi – 1 o único em 4 meses, eu costumava ver uns 4 por semana

Coisas que perdi – $10 nos cassinos de Vegas

Coisas que achei – $110 no deserto em Utah

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Nevada

Dia 117 (Route 93) – Lake Mead 70Km
Elev. 366m
N36°02.616’
W114°48.428’

O Lago Mead é o resultado da barragem Hoover que fica a uns 50 km de Vegas e é a fonte de quase toda a iluminação que existe na Cidade.
Depois de visitar a barragem segui um caminho espectacular que segue a margem do lago e passa por cinco túneis num espaço de poucos quilómetros.
Ao meio da tarde fiz um pequeno desvio a Boulder City para confirmar via email se tinha onde ficar por uns dias quando chegasse a Vegas. Existe um site www.warmshowers.com que tem uma longa lista a nível mundial, de generosos hospedes muitos deles ciclo turistas veteranos dispostos a aturarem por uns dias ciclistas desamparados como eu. Até agora não tive necessidade de usar a sua boa generosidade, mas achei que Vegas é uma cidade enorme e vou precisar de um sítio seguro para deixar a minha tralha enquanto exploro os cantos á cidade.

Hoover Dam


Lago Mead



-------------------


Dia 118 Lake Mead – Las Vegas 71Km
Elev. 555m
N36°07.518’
W115°05.592’

Acampei ao lado do lago, perto da área onde o guarda florestal tira amostras para fazer testes à água, o que eu só descobri esta manha quando ouvi uma carrinha aproximar-se e pensei logo que ia ter problemas, mas o guarda foi muita fixe e disse-me que o seu trabalho é garantir que a água esteja segura, passar multas é o trabalho dos outros, despachei-me então a arrumar as coisas antes que os outros chegassem.
No meio da tarde fui então bater á porta de Lauriann a dona de casa que aceitou o meu pedido para acampar na sua propriedade por uns dias.
Depois de uma boa conversa com a minha simpática hospedeira e depois de me alojar fui visitar Vegas.
Existem duas distintas áreas de casinos: “The Vegas Strip” onde a maioria dos casinos se alinham, e mais a norte “Downtown Vegas” onde se situam os casinos mais antigos no meio e arredores destas duas zonas encontra-se as capelas de casamentos, algumas com “drive thru” (para não dar tempo ao noivo de mudar de ideias), os “Pawn Shops” onde as pessoas vão hipotecar as coisas que têm por financiamento, alguns abertos 24 horas por dia, e os bares de striptease. Vegas tem as armas todas para um suicídio financeiro, e até eu fui influenciado pelos encantos dos casinos e acabei o dia com um débito na carteira de $10.

Bem vindo a Las Vegas


O meu primo David que tem um talento para iluminar as ruas das festas em Portugal, precisa de vir ver a rua Fremont, esta toda iluminada com o que parece ser um enorme écran de luzes.



-------------------



Dia 119 Las Vegas 0Km
Elev. 555m
N36°07.518’
W115°05.592’

Hoje caminhei tanto que até trago bolhas nos pés, acho que visitei os casinos quase todos, cada um tem a sua própria extravagância para chamar a atenção aos clientes desde aquários com tubarões enormes a estátuas de praça que se movem electronicamente.
Vegas também tem muito que ver e fazer sem se gastar um único centavo, esta tarde à entrada de um casino fui convidado a jogar num dos “slot machines” por sorte ganhei um bilhete para um show de magia cortesia do casino Tropicana, eu estrategicamente escolhi um acento de lado para ver se conseguia descobrir os truques do mágico, mas o gajo era habilidoso e sabia o que estava a fazer, deixou-me mais confundido do que já estava.
À noite a cidade tem um aspecto totalmente diferente com a ajuda das luzes e grandes ecrãs de publicidade em alguns sítios dá a sensação que estamos a caminhar dentro dum televisor. Alguns dos casinos têm shows ao ar livre e usam a frente do casino como cenário outros têm extravagantes fontes com repuxos que dançam ao som da musica.

Centro comercial no Caesars Palace


-------------------



Dia 120 Las Vegas 30Km
Elev. 866m
N36°07.631’
W115°20.228’

Eu não quis abusar da confiança da minha hospedeira, por isso esta manhã arrumei as coisas e despedi-me o que levou quase toda a manhã. Foi divertido falar com Lauriann, ela tem opiniões sobre tudo e pode estar na conversa por horas.
À tarde comprei umas camisolas que estavam em conta, e tentei sair da cidade o que não foi fácil, porque por vários quilómetros está tudo urbanizado em comunidades vedadas ao publico, da estrada não se vêm zonas publicas ou de comércio e estava a ver que não ia ter um sitio para acampar. Finalmente ao fim da tarde estava fora dos limites da cidade e acampar foi fácil.

Lauriann e o grato vagabundo que ela acolheu na sua casa


-------------------



Dia 121 Las Vegas – Mountain Springs 72Km
Elev. 1358m
N36°01.307’
W115°33.328’

Hoje visitei Red Rock Canyon que tem uma pitoresca estrada que dá a volta ao parque mas por ser tão perto de Vegas tem uma multidão de visitantes.
Depois de uma longa subida acampei em Mountain Springs.

Red Rock Canyon


-------------------



Dia 122 Mountain Springs - Pahrump 52Km
Elev. 811m
N36°12.603’
W115°59.457’

Uma das perguntas que mais ouço é se alguma vez tive problemas durante a noite ao acampar. Eu sou abençoado com o dom de dormir que nem uma pedra, se algo se passa à minha volta eu sou capaz nem de dar conta, o único problema tem sido a policia e esta noite pela segunda vez fui acordado às 4 da manhã pelas autoridades de Pahrump ou como eu gosto de dizer a policia de Parumpum pum.
Os ladrões devem de estar em greve porque desta vez veio a patrulha toda eu contei pelo menos cinco. Depois de verem o meu passaporte Português e sem saberem bem o que fazer com ele a polícia perguntou-me o nome e a data de nascimento e verificou se eu estava a dizer a verdade de acordo com o passaporte. Finalmente deixaram-me ficar mais umas horas até que o sol nascesse, e eu voltei a adormecer pouco depois.

-------------------


Tive que fazer um desenho porque esqueci-me de tirar uma foto