Dia 22 Lemington - Detroit MI 97Km
Elev. 199m
N42˚̊18.537’
W083˚13.075’
Pelas 3:00 da tarde cheguei a Windsor a cidade canadiana que faz fronteira com Detroit nos EU. O resto do dia foi para andar a roda, primeiro fui ao centro de informação turístico e apesar de haver uma ponte e um túnel que atravessa a fronteira para Detroit disseram-me que nenhum deles deixava passar bicicletas tinha que por a bicicleta na carreira. Eu não fiquei muito convencido e decidi ir ate a ponte ver se era verdade, a policia disse-me a mesma coisa. Fui à estação de carreiras disseram-me que era preciso por a bicicleta dentro duma caixa então fui ver se conseguia boleia e descobri que no Canadá e ilegal pedir boleia.
Como já estava a ficar tarde tive que abri a carteira e negociei um taxi por $35 só para atravessar a ponte (os carros têm que pagar $18 de portagens para os dois lados). Detroit não e das cidades mais seguras para tentar acampar, mas consegui encontrar uma estrada de serviço ao caminho de ferro já um bocado fora da cidade e só me dei conta de dois comboios a noite toda.
Detroit aonde o taxi me deixouDia 23 Detroit - Dearborn 27Km
Elev. 212m
N42˚̊44.251’
W083˚09.797’
O meu esconderijo da noite passada foi tão bom que decidi deixar as malas escondidas no mesmo sitio para ir visitar o Museu de Henry Ford, esta foi a razão por ter vindo a Detroit.
O Museu foi mesmo talhado aos meus interesses para alem de ter uma coleção incrível de carros, comboios, e aviões o que eu mais gostei de ver foram os geradores a vapor que antes de haver eletricidade se usavam para se poder funcionar as maquinas todas duma fabrica por meio de correias. Alguns destes geradores são do tamanho de uma casa e o Museu de Henry Ford tem uns 15 á mostra. A habilidade da indústria Americana há 100 anos atrás é uma coisa que me espanta.
Também se podem ver no museu os carros presidenciais quase todos incluindo o que levava o JFK quando foi assassinado. O museu ilustra muito bem a historia do carro incluindo a guerra ao principio do século entre os carros elétricos, os a vapor, e os de combustível. E interessante ver as idéias de há um século atrás a voltarem a ter fama outra vez em tempos atuais.
1931 Bugatti Royale hoje em dia este é o carro que todos invejam um dos mais raros e desejados carros de todo o mundo. Só 6 foram produzidos para a clientela mais rica da época em 1931 o preço original era de $43,000 imagina agora.
Em 1992 o pai e filho donos deste Ford Model T de 1928 decidiram conduzir desde Chile no Sul da America ate ao museu de Henry Ford nos EU, depois de dois anos chegaram e agora o carro tem um lugar no Museu.Dia 24 Dearborn - Baldwin 131Km
Elev. 129m
N43˚̊30.339’
W083˚47.465’
A rota dos mapas que me deram não passa por Detroit por razão obvia Detroit é uma cidade que assusta qualquer um, portanto nos últimos dias tenho andado á misericórdia da bússola. Hoje apanhei a rota de novo, mas antes de lá chegar passa-se pelo muito pobre e pelo muito rico a zona Sul de Detroit parece que andou em guerra a zona do Norte de Detroit tem casas que até dão inveja aos mais ricos. Para apanhar a rota tive que andar por estradas de brito que aqui se chamam “wash board Roads” por terem a superfície como se fosse uma tábua de lavar a roupa.
E pena ver edifícios desta magnitude em ruínas a sul da cidade 
Downtown Detroit 
Um bocadinho mais ao Norte de Detroit, notam a diferença? 
Wash board roads 
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Elev. 226m
N43˚̊49.376’
W084˚45.774’
Tive a sorte de conhecer o Paul e a Elaine que me ofereceram um espacinho no seu quintal para montar a tenda. A Elaine tem um filho que esta correntemente a atravessar o continente de bicicleta com a mulher e o filho de 9 anos, portanto ela percebe bem as necessidades de um cyclo-turista e tratou-me como um rei ate me trouxe sobremesa.
O Paul esta reformado, mas contando os hobbies todos que tem, acho que esta mais ocupado agora do que nunca, ele arranja relógios, constrói miniaturas de motores a vapor em metal (que trabalhão), restaura tratores antigos, acabou de restaurar um 49’ Pakard (é um carro muita porreiro), mas o que mais orgulho lhe dá e restaurar o seu antigo Stanley um carro a vapor que comprou há 30 anos e esta quase acabado, só existem 6 daquele modelo. Foi um prazer conversar com ele sobre as mecânicas todas dos seus hobbies e também aprendi algumas coisas.
A sombra de um ciclista cansado ao fim do dia Dia 26 Bay City – Lake George 45Km
Elev. 345m
N44˚̊01.838’
W085˚08.745’
Hoje o percurso foi quase todo num antigo caminho de comboio que foi transformado em trail. Vi mais ciclistas hoje do que na viajem toda incluindo 5 turistas como eu, pelo caminho tive a companhia de um ciclista que ia ao encontro de 2 desses viajantes para passarem a noite na sua casa.
A tarde choveu criando um nevoeiro rasteiro ao bater no alcatrão quente como nos filmes de terror, foi fixe andar no nevoeiro.
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Adeus calçado velho, Ola calçado novoDia 27 Lake George - Bezonia 121Km
Elev. 202m
N44˚̊39.635’
W086˚13.900’
Tenho vindo a seguir a auto-estrada 115 que tem beiras largas para andar e é o caminho mais direto para a costa Este do Lago Michigan, pelo o que me contaram é um espetáculo, espero bem que sim e espero que a chuva pare de me seguir também.
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Estas barracas são amostras de venda e quando tenho sorte ao fim do dia são o meu esconderijo para acamparDia 28 Bezonia – Traverse City 86Km
Elev. 348m
N44˚̊46.672’
W086˚45.406’
A noite passada acampei ao lado do Lago Cristal, mas depois de eu ter tomado banho e lavado a roupa nele não sei se ainda merece o nome. Esta manha quando acordei vi o homem do lixo a pegar na roupa que tinha a enxugar numa das mesas de piquenique e a por-la no saco do lixo. Ele ficou um bocado espantado quando me viu a sair detrás das arvores a perguntar-lhe pela roupa.
Cristal Lake
Sleeping Bear Dunes National ParkDia 29 Traverse City – Charlevoix 113Km
Elev. 252m
N45˚̊22.331’
W085˚07.945’
Traverse City é uma cidade bonita com um grande porto de barcos a beira do Lago Michigan. Para sair da cidade foi um bocado complicado a estrada é muito transitada e não tem passeios nem beiras, não existem outras estradas paralelas, o meu único atento a um desvio foi-me pôr no meio de um campo de golfo que eu tive que atalhar para voltar a apanhar a estrada a Norte.
Mais tarde apanhei um trail que sege a beira do Lago por uns 20 km e foi uma bela supreza. Acampei ao lado do lago Michigan.
O campo de Golfo por onde atalhei
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Elev. 217m
N45˚̊41.135’
W084˚58.233’
Hoje continuei no mesmo trail que encontrei ontem e fui apanhar a estrada 119 que também se chama “O túnel das arvores” e como o nome indica e praticamente um túnel de arvores aonde de vez em quanto se abre uma janela com vistas para o lago.
A noite acampei numa das muitas praias desertas que existem na costa Norte do Lago Michigan.
The tunnel of trees
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